03/12/2025
O networking estratégico e a formação de conexões reais se tornaram pilares para quem empreende em ambientes de inovação — especialmente no ecossistema da saúde.
Em um ambiente em que as ideias circulam rápido e a colaboração acelera resultados, as relações genuínas valem tanto quanto a melhor solução tecnológica.
No 31º episódio do Vibee Podcast, o convidado Cristiano Teodoro Russo, Health Innovation Strategist, reforça a máxima de que “quem não é visto, não é lembrado”.
Mas vale destacar que estar presente é apenas o primeiro passo. Afinal, não basta participar de eventos, é preciso construir laços com propósito e autenticidade.
O networking estratégico nasce da intenção genuína de colaborar, não de extrair vantagem. Muitas pessoas confundem presença com conexão.
Há quem participe de dez eventos e não saia com nenhum relacionamento significativo — enquanto outros, em poucos encontros bem aproveitados, criam vínculos duradouros e abrem portas reais de crescimento.
A diferença está na atitude. O founder que busca compreender o outro e se mostra disponível para contribuir gera credibilidade. Essa postura transforma encontros casuais em oportunidades consistentes.
Participar de eventos exige mais do que trocar cartões. É preciso iniciativa e interesse autêntico. Essa atitude cria oportunidades e reforça a imagem de um empreendedor engajado com o ecossistema.
O comportamento proativo também ajuda a vencer a timidez. Mesmo os perfis mais introvertidos conseguem fortalecer suas redes quando se propõem a sair da zona de conforto. A chave é focar no propósito do encontro, e não no medo da exposição.
Cristiano cita a teoria do sociólogo Mark Granovetter, de Stanford, sobre a “força dos laços fracos”. Ele explica que as oportunidades muitas vezes vêm de conexões menos próximas — aquelas criadas em eventos, comunidades ou trocas casuais.
Esses contatos, embora distantes, ampliam horizontes e oferecem novos pontos de vista. É nesse tipo de relação que founders encontram parceiros, investidores e ideias que dificilmente surgiriam dentro do círculo habitual.
Construir uma rede sólida exige consistência e reciprocidade. O networking estratégico se baseia em colaboração e troca contínua, não em pedidos pontuais de ajuda.
O conceito de give first — entregar antes de esperar algo em troca — está presente em networkings estratégicos. Empreendedores que compartilham conhecimento, indicam contatos e apoiam outros profissionais acabam sendo naturalmente reconhecidos e retribuídos.
Com o tempo, essa cultura gera o give back, quando quem foi beneficiado passa a devolver valor ao ecossistema. Essa cadeia virtuosa mantém o ambiente de inovação vivo e colaborativo.
Mais do que falar, o founder precisa saber ouvir. O ecossistema se fortalece quando cada um entende o papel que desempenha. Então, em vez de buscar atenção o tempo todo, o empreendedor deve escutar o que o ambiente pede e agir onde pode contribuir.
Esse olhar coletivo também afasta a vaidade. Indicar outro profissional para uma oportunidade é sinal de maturidade — e cria uma rede de confiança baseada em respeito.
Eventos e hubs de inovação funcionam como pontos de encontro para ideias e pessoas. Cada participação deve ter um objetivo claro: conhecer novas visões, abrir janelas de conhecimento e criar pontes entre mundos diferentes.

Algumas das conexões mais valiosas nascem de encontros não planejados. Um cafézinho, uma conversa de corredor ou um simples “oi” podem desencadear parcerias futuras.
Essas trocas espontâneas revelam a essência do networking estratégico: estar aberto ao novo, sem intenções imediatas de ganho.
Nem todo evento é relevante para o seu momento de jornada. Por isso, é importante selecionar encontros que reúnam pessoas com visões complementares à sua: é preciso “selecionar os que fazem mais sentido para a nossa marca, para o nosso business, para o nosso negócio, e aí construir uma estratégia”.
Os hubs, como o Vibee e o Hot Milk, têm papel central na consolidação de ecossistemas. Eles reúnem startups, universidades e corporações em um mesmo ambiente de troca contínua.
Esses espaços fortalecem a cultura da inovação aberta e aproximam mundos que, isoladamente, evoluiriam de forma mais lenta. É onde o networking ganha forma concreta — e se transforma em aprendizado, parceria e crescimento conjunto.
Para Rafael Zanatta, Head no Hub de Inovação Vibee Unimed, “os relacionamentos abrem novas janelas de conhecimento, que muitas vezes a gente não está atento”.
Cristiano reúne sua extensa experiência para compartilhar três lições que todo founder deveria seguir para cultivar conexões reais:
Tudo começa com autoconhecimento. Quando você entende por que está ali, suas relações ganham sentido. Founders que agem movidos por propósito atraem conexões mais autênticas e sustentáveis.
Nem toda oportunidade é positiva. É essencial aprender a recusar convites ou projetos que desviem o foco. A assertividade não afasta pessoas — ao contrário, transmite clareza e profissionalismo.
Saber contar a própria história de forma simples e verdadeira é uma das habilidades mais poderosas no networking. A primeira impressão, quando genuína, desperta empatia e interesse real.
O networking estratégico e a formação de conexões reais é muito mais que um conjunto de contatos: é uma construção contínua de confiança, propósito e reciprocidade.
Inovar não é apenas criar o novo — é fortalecer relações humanas que sustentam o crescimento coletivo. Quando founders se comprometem com o ecossistema, eles não apenas expandem seus negócios, mas também transformam o ambiente ao redor.
Em um mundo movido por colaboração, as conexões genuínas continuam sendo o elo mais valioso da inovação.Quer ver detalhes sobre o tema? Veja o episódio completo do Vibee Podcast:
Categoria: VIBEE UNIMED
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