Entendendo (um pouco) a lógica dos negócios

25/04/2025

4 passos para um negócio de sucesso segundo Mark Zuckerberg

Não sei vocês, mas eu gosto de (tentar) entender como funciona a lógica de pensamento de quem já criou algo muito grande ou de muito sucesso.

Entender o que está por trás da forma de pensar deles não necessariamente serve como um playbook que pode ser facilmente replicável, mas normalmente a lógica que foi utilizada para alcançar determinado resultado pode ser entendida, adaptada e reutilizada.

E nessa semana me deparei com os 4 passos que o Mark Suckerberg considera fundamental para criar um serviço de muito sucesso.

1 – No PRIMEIRO PASSO você precisa criar algo realmente encantador. Algo que as pessoas não esperavam e que realmente as surpreenda a ponto de pensar: “como ninguém pensou nisso antes?”. Longe de ser uma tarefa fácil, mas convenhamos, fazer algo igual ao que já existe já limita na saída os possíveis resultados.

2 – No SEGUNDO PASSO você precisa criar algo que faça as pessoas quererem voltar. A famosa “retenção”, ou seja, usuários que fidelizam com o seu produto/solução e passam a usá-la de forma permanente. Aqui inclusive ele cita o ChatGPT como um exemplo de produto que impressionou a todos quando foi lançado, mas que não necessariamente conseguiu fazer com que as pessoas utilizassem ele no dia a dia e de forma repetida. (Tenho minhas dúvidas sobre isso, mas tem uma certa lógica: todo mundo testou pra ver como é, mas não necessariamente utilizam o tempo inteiro)

Pra mim essas duas etapas são as mais complicadas. Fazer um produto que seja incrível e que as pessoas desejam está longe de ser algo simples. Aliar a isso a “retenção” é algo ainda maior.

Lembro de um founder que me dizia: “eu não quero apenas assinar contratos, eu quero que as pessoas utilizem de verdade a solução que criamos porque daqui a 12 meses eu quero renovar esse contrato”. Ou seja, ele sabia que sem a retenção (fazer os clientes utilizarem o que ele tinha vendido) não haveria um segundo ano de contrato.

3 – E aí vem o TERCEIRO PASSO, que é basicamente crescer (e muito) a sua base de clientes. Mark cita que não adianta colocar energia (ou dinheiro) num produto que ainda não tem a capacidade de reter os clientes. Você vai fazer um esforço tremendo para trazer o cliente pra ver a sua solução e no final ele não vai ficar.

A partir do momento que o produto está redondo e tem um potencial alto de retenção começa a ficar interessante investir para crescer a base de clientes (contratar mais vendedores, sentar o dedo nos anúncios, ir para eventos, etc)

4 – E só depois disso vem o QUARTO PASSO, que é a monetização. Ou seja, depois de ter um número alto de usuários é possível pensar em formas de monetizar.

Antes que os founders B2B fechem essa janela indignados quero só retomar o início da nossa conversa. Não necessariamente essa lógica funciona para todos os negócios. Quando pensamos em negócios B2B com ticket mais alto talvez não seja possível deixar a “monetização” lá pro final ou esperar uma grande base de clientes para começar a cobrar.

No entanto, os passos 1 e 2 pra mim são fundamentais independente do produto/solução que você está criando. É um outro jeito de dizer “build something people want”, que a Y Combinator coloca até em canecas para os founders entenderem.

Entender a lógica por trás de determinada forma de pensar pode ajudar muito no momento de criar suas próprias metodologias. Eu, por exemplo, não teria coragem de copiar exatamente uma fórmula em um novo negócio, mas certamente não partiria do pressuposto de que não existem maneiras mais adequadas do que apenas o meu jeito de pensar.

Rafael Zanatta – Head do Vibee Unimed

Categoria: VIBEE UNIMED

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