16/04/2025
O mercado de saúde está em constante evolução. Por isso, quem já está no setor ou deseja estabelecer sua healthtech precisa estar atento às movimentações da área.
No Dia Mundial da Saúde, celebrado anualmente em 7 de abril, convidamos Istvan Camargo, Chief Innovation Officer do Grupo Sabin, para um bate-papo no Vibee Podcast, onde falamos sobre as perspectivas e oportunidades no segmento.
A data, criada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), tem o objetivo de conscientizar a população sobre temas fundamentais para o bem-estar global. E, neste cenário, vamos entender as principais perspectivas e oportunidades do mercado de saúde. Acompanhe!
O setor está em transformação acelerada, impulsionada especialmente por fatores como inovação tecnológica, mudanças regulatórias e novas demandas da sociedade.
O envelhecimento populacional, o aumento dos custos assistenciais e a digitalização da saúde são alguns dos principais desafios enfrentados atualmente.
Healthtechs e organizações que souberem inovar e oferecer soluções eficientes para temas como esses poderão ter vantagem competitiva nesse cenário. Veja detalhes!
O envelhecimento da população gera maior necessidade de atendimentos médicos, exames e tratamentos de longo prazo. A chamada economia prateada tem levado sistemas de saúde a expandir sua capacidade e tornar os processos mais ágeis.
Com os custos assistenciais em alta, as operadoras buscam modelos de remuneração mais eficientes, como a saúde baseada em valor. As empresas do setor devem encontrar maneiras para manter a longevidade e lucratividade do negócio sem onerar demasiadamente os usuários.
A digitalização da saúde avança, mas ainda enfrenta resistência cultural e desafios de implementação — como interoperabilidade de dados e adaptação de processos internos. Quem inova nesse mercado precisa de mecanismos para convencer profissionais e usuários, aumentando seus esforços.
Novas legislações impactam diretamente as operações, exigindo rápida adaptação e investimento em compliance. Esse é o caso da Resolução Normativa nº 585/2023 da ANS, que exige que operadoras de planos comuniquem mudanças na rede hospitalar com 30 dias de antecedência e ampliem regras de portabilidade. Por isso, as empresas precisam se manter atentas para assegurar a conformidade.
Ao mesmo tempo, os usuários dos sistemas de saúde também estão alterando hábitos e comportamentos. Atualmente, os principais desafios relacionados a esse ponto são os seguintes:
Agora que fizemos um panorama, está na hora de conferir quais são as principais tendências do setor. O futuro da saúde tende a ser mais digital, integrado e centrado na experiência do paciente. Empresas que investirem em inovação e novas tecnologias estarão à frente nesse mercado. Confira!
A inteligência artificial (IA) já é usada para diagnósticos mais precisos, triagem de pacientes e automação de processos administrativos. Contudo, o grande desafio está na integração dos dados de diferentes fontes e na adequação regulatória para a segurança e a privacidade das informações.
A pandemia acelerou a adoção da telemedicina, que hoje se consolida como ferramenta essencial para consultas, acompanhamento de doenças crônicas e triagem de emergências. Mesmo que o modelo tenha decaído um pouco após a pandemia, ele ainda tem relevância — e pode se consolidar especialmente para as gerações mais jovens.
Dessa forma, a tendência é a evolução desses serviços, com maior integração entre médicos e pacientes, uso de IA para auxiliar diagnósticos e ampliação do acesso a atendimentos de qualidade.
A integração segura e padronizada de informações entre diferentes sistemas e plataformas é essencial para melhorar a precisão dos diagnósticos e reduzir retrabalho. Ainda há desafios técnicos e regulatórios a serem superados na interoperabilidade de dados, mas um ecossistema mais integrado pode tornar os atendimentos mais eficazes.
Além disso, a personalização da medicina avança, com tratamentos e recomendações adaptadas ao perfil genético e histórico de saúde de cada indivíduo.
Grandes empresas do setor têm buscado parcerias com healthtechs para testar soluções. Modelos de inovação aberta permitem testar tecnologias sem comprometer a operação principal dos negócios. E startups especializadas podem trazer soluções para eficiência operacional, atendimento remoto, análise de dados e novas terapias.
Sobre o tema, Istvan Camargo aponta que inovação é como aprender um idioma:
“Não tem muito planejamento, inovação é execução. O que a gente tem que ter, na minha visão, é tese. Tese é diferente de planejamento. (….) Eu estou aprendendo enquanto eu uso. Eu quero aqui uma tese de experiência do paciente ou qualquer que seja. Então tem um monte de solução que eu vou começar a trazer, vou começar a validar, invalidar, vou aprender. Assim, não é perder tempo, muito pelo contrário, é você começar a executar. Inovação é execução, para você aprender e pegar fluência”.
IA, big data e automação são recursos poderosos, mas dependem da capacitação das equipes e da mudança na forma de trabalho. Organizações que conseguirem equilibrar inovação com eficiência operacional terão vantagem competitiva no futuro.
O mercado de saúde vive um momento de adaptação e crescimento, com inúmeras oportunidades para startups e empresas inovadoras.
O Dia Mundial da Saúde reforça a importância de debater as mudanças e desafios do setor, trazendo reflexões sobre a necessidade de mais eficiência, digitalização e novos modelos de atendimento.
Com o avanço da tecnologia e mudanças culturais, o futuro da saúde será mais ágil, acessível e eficiente para todos.
Quer ver detalhes sobre o bate-papo entre Istvan Camargo e Rafael Zanatta — Head no Hub de Inovação Vibee Unimed? Então, assista ao 21º episódio do Vibee Podcast!
Categoria: VIBEE UNIMED
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